sábado, 17 de setembro de 2011

Tunga

"A arte é uma linguagem, uma linguagem mais eficiente do que essa que a gente está usando aqui. Por que é mais eficiente? Porque bate mais fundo, porque bate em camadas de sentido que você apenas percebe. O que a gente está fazendo aqui tecnicamente bate em camadas de sentido que a gente entende. Agora tem outras camadas que a gente não entende, e a arte lida com elas."
    Antonio José de Barros Carvalho e Mello Mourão,Tunga é escultor, desenhista, artista performático,arquiteto formado na Universidade Santa Úrsula.De lá para cá, Tunga tornou-se um dos artistas contemporâneos mais relevantes da cena mundial, expondo em todo o mundo nas instituições de maior prestígio.No trabalho do artista são claras as influências do barroco e do romantismo.Sua constante construção de metáforas, através da associação livre entre diversas matérias que em princípio pareciam incompossíveis (imãs, cobre, vidros, etc), em busca de novas significações, nos revelam também uma correspondência com as experiências dadaístas e surrealistas, e a importância da dimensão onírica.Cabe apontar que a obra de Tunga prolonga com rara inteligência o universo da escultura na arte contemporânea.Em toda sua obra testemunhamos uma sábia interação entre questões filosóficas (como o contínuo e o descontínuo), da topologia e da matemática, e ainda questões do corpo articuladas à luz da psicanálise.Tudo isso realizado numa poética exuberante, numa das provas mais eloqüentes de que generosidade formal e rigor conceitual podem caminhar juntos numa mesma obra.
                                                                                                                                Fonte:cultura.gov.br

                                                                 
"Arquiteto por formação, imerso em literatura e em referências filosóficas e científicas (arqueologia, paleontologia, zoologia, medicina), seu trabalho exibe a marca das grandes ficções do continente latino-americano. Freqüentemente lidando com o excesso - muitas de suas obras foram realizadas através do acúmulo de materiais pesados (ferro, cobre, ímã) -, ele apresenta objetos comuns que passaram por uma estranha transformação: dedais, agulhas gigantes ou pentes. Seu interesse no inconsciente e, particularmente, nos processos associativos das engrenagens do sonho, bem como na figura da metáfora, o levou a construir obras de arte com ramificações e efeitos de significado múltiplos. Estes se entrelaçam com erupções do fantástico, convidando o espectador a penetrar num universo barroco onde não se pode distinguir o real do imaginário."
SZTULMAN, Paul. "Tunga". In: Documenta 10. Kassel: Documenta, 1997. p.226. (Texto traduzido e adaptado)

"A Bela e a Fera"
"Deleite"
"Lézart"
"Palíndromo Incesto"
"True Rouge"
Aqui, uma entrevista com o artista muito interessante, dá vontade de escutá-lo/lê-lo por horas: