terça-feira, 20 de setembro de 2011

Adriana Varejão

    Adriana Varejão é uma artista plástica brasileira contemporânea.Filha de pai militar e mãe nutricionista, pensou em ser engenheira. Não chegou ao fim do primeiro ano. Depois tentou desenho industrial. A história se repetiu. Em 1984, matriculou-se na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio, berço da chamada geração 80, imediatamente anterior à sua. Lá, descobriu a possibilidade de viver da arte.
     A obra de Adriana faz uma ponte entre a modernidade e as convulsões físicas e mentais do barroco brasileiro, que descobriu adolescente, numa viagem a Minas Gerais. Influências? Ela lista, de um fôlego só, intelectuais (Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre), artistas (Rembrandt, Goya, Diego Rivera, Iberê Camargo) e cineastas (Peter Greenaway, David Cronenberg). O resultado, que junta elementos de azulejaria a representações realistas de vísceras expostas, é definido pela autora como a síntese de elementos aparentemente desconexos, que vão de botequim na boêmia Lapa carioca a piscina em Budapeste, passando por "notícia de jornal, banheiro de rodoviária, carne-seca em Caruaru e quadro em Nova York".São obras que aliam a figuração à geometria abstrata e trabalham questões inerentes à tradição da pintura, como cor, textura, composição e perspectiva. As pinturas dialogam com a arquitetura e o espaço de maneira virtual. São câmaras secretas sem portas ou janelas que criam uma ilusão de espaço. São ambientes imaginários, atemporais.



    Aqui um link que explica com detalhes o pavilhão da artista em Inhotim: http://inhotim.blogspot.com/2009/10/galeria-adriana-varejao.html
    E um vídeo do lugar:


Croquis da visita:


sábado, 17 de setembro de 2011

Tunga

"A arte é uma linguagem, uma linguagem mais eficiente do que essa que a gente está usando aqui. Por que é mais eficiente? Porque bate mais fundo, porque bate em camadas de sentido que você apenas percebe. O que a gente está fazendo aqui tecnicamente bate em camadas de sentido que a gente entende. Agora tem outras camadas que a gente não entende, e a arte lida com elas."
    Antonio José de Barros Carvalho e Mello Mourão,Tunga é escultor, desenhista, artista performático,arquiteto formado na Universidade Santa Úrsula.De lá para cá, Tunga tornou-se um dos artistas contemporâneos mais relevantes da cena mundial, expondo em todo o mundo nas instituições de maior prestígio.No trabalho do artista são claras as influências do barroco e do romantismo.Sua constante construção de metáforas, através da associação livre entre diversas matérias que em princípio pareciam incompossíveis (imãs, cobre, vidros, etc), em busca de novas significações, nos revelam também uma correspondência com as experiências dadaístas e surrealistas, e a importância da dimensão onírica.Cabe apontar que a obra de Tunga prolonga com rara inteligência o universo da escultura na arte contemporânea.Em toda sua obra testemunhamos uma sábia interação entre questões filosóficas (como o contínuo e o descontínuo), da topologia e da matemática, e ainda questões do corpo articuladas à luz da psicanálise.Tudo isso realizado numa poética exuberante, numa das provas mais eloqüentes de que generosidade formal e rigor conceitual podem caminhar juntos numa mesma obra.
                                                                                                                                Fonte:cultura.gov.br

                                                                 
"Arquiteto por formação, imerso em literatura e em referências filosóficas e científicas (arqueologia, paleontologia, zoologia, medicina), seu trabalho exibe a marca das grandes ficções do continente latino-americano. Freqüentemente lidando com o excesso - muitas de suas obras foram realizadas através do acúmulo de materiais pesados (ferro, cobre, ímã) -, ele apresenta objetos comuns que passaram por uma estranha transformação: dedais, agulhas gigantes ou pentes. Seu interesse no inconsciente e, particularmente, nos processos associativos das engrenagens do sonho, bem como na figura da metáfora, o levou a construir obras de arte com ramificações e efeitos de significado múltiplos. Estes se entrelaçam com erupções do fantástico, convidando o espectador a penetrar num universo barroco onde não se pode distinguir o real do imaginário."
SZTULMAN, Paul. "Tunga". In: Documenta 10. Kassel: Documenta, 1997. p.226. (Texto traduzido e adaptado)

"A Bela e a Fera"
"Deleite"
"Lézart"
"Palíndromo Incesto"
"True Rouge"
Aqui, uma entrevista com o artista muito interessante, dá vontade de escutá-lo/lê-lo por horas:

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Bichinho

    A viagem que fizemos a Bichinho no final de semana foi muito interessante.Em uma cidade pequena, mais aberta à relações socias, é muito mais fácil perceber alguns temas e conceitos trabalhados por Hertzberger,tais como público e privado(sua subjetividade e suas áreas de transição),demarcações territorias, a interação dos moradores com a rua.O estilo de vida da cidade também ajuda nosso trabalho,já que em uma cidade grande ficaria muito mais difícil chamar a atenção das pessoas para algo diferente no seu dia a dia.
    Nessa viagem deveríamos escolher um espaço coberto para uma intervenção em novembro.O espaço que escolhemos é o pátio da escola da cidade.Embora pareça uma escolha óbvia, a escola não possui grandes indicações e a sua arquitetura comum a todas as outras residências fazem com que ela passe despercebida.
    Na escola existem grandes possibilades, pois o espaço é amplo.A presença de uma escada e rampa também confere mais potencial ao lugar.O público alvo é bem definido, e é um ótimo público por sinal!As crianças geralmente aceitam mais facilmente se envolverem em "atividades diferentes" como esta.
    Fizemos, no espaço que escolhemos, uma performance para o sentirmos com o corpo.A performance ajudou muito no conhecimento de partes do local que diarimanete não são usadas, mas que podemos aproveitar no trabalho.
    Algumas imagens da escola:



      Croquis do espaço:


    Fotos de outros lugares que chamaram nossa atençao:



     Croquis e percepções:


     Performance:

Tudo o que é bom...