A obra de Adriana faz uma ponte entre a modernidade e as convulsões físicas e mentais do barroco brasileiro, que descobriu adolescente, numa viagem a Minas Gerais. Influências? Ela lista, de um fôlego só, intelectuais (Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre), artistas (Rembrandt, Goya, Diego Rivera, Iberê Camargo) e cineastas (Peter Greenaway, David Cronenberg). O resultado, que junta elementos de azulejaria a representações realistas de vísceras expostas, é definido pela autora como a síntese de elementos aparentemente desconexos, que vão de botequim na boêmia Lapa carioca a piscina em Budapeste, passando por "notícia de jornal, banheiro de rodoviária, carne-seca em Caruaru e quadro em Nova York".São obras que aliam a figuração à geometria abstrata e trabalham questões inerentes à tradição da pintura, como cor, textura, composição e perspectiva. As pinturas dialogam com a arquitetura e o espaço de maneira virtual. São câmaras secretas sem portas ou janelas que criam uma ilusão de espaço. São ambientes imaginários, atemporais.
Aqui um link que explica com detalhes o pavilhão da artista em Inhotim: http://inhotim.blogspot.com/2009/10/galeria-adriana-varejao.html
E um vídeo do lugar:
Fontes: http://veja.abril.com.br/231105/p_072.html; http://www.fortesvilaca.com.br/exposicoes/2005/44-adriana-varejao/; http://www.adrianavarejao.net/site#/
Croquis da visita: