segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Intervenção Bichinho

Como trabalho do primeiro período de Projeto do Ateliê Integrado de Arquitetura  e Urbanismo– UFMG, foi proposta uma intervenção em um lugar coberto escolhido por nós na cidade de Bichinho. O objetivo da intervenção era explorar características do espaço provocando uma interação do espaço, das pessoas com o espaço e das pessoas entre si.
Na primeira viagem à Bichinho, procuramos possíveis lugares para a intervenção na cidade, tiramos fotos e fizemos croquis de três deles. O grupo escolheu o pátio da escola da cidade, Getúlio Silva. Era o lugar mais amplo e mais bem equipado ( tomadas, luzes) além de contarmos com um público muito receptivo, as crianças.
A área coberta do pátio da escola é utilizada somente no período de refeições das crianças e  as duas grandes mesas de madeira maciça dificultam o uso da área para outros fins. As disposições da escada e rampa (formas de acesso ao pátio), portas para salas de aula, banheiros, quadra e bebedouros circunscrevem as duas mesas que se comportam como um só grande bloco no centro no pátio. O local também não possui ligações com a rua (tanto no que se refere à arquitetura quanto à vida escolar), que é totalmente voltada para seu interior.
A ideia do grupo foi fazer com que as pessoas interagissem com o espaço e integra-los  conectando o pátio da escola com a rua e o espaço separado pelas mesas, além de preencher o grande vão livre com sons e luzes, sem esquecer de criar possibilidades para interações das pessoas entre si.
  Um microfone posicionado no centro do pátio captava o que acontecia durante a intervenção e reproduzia os sons na rua, conectando-os. As duas mesas juntas no centro do pátio evidenciavam seu papel de obstáculo. Em lugares opostos em volta da mesa, haviam tubos de papelão fixos de diversos tamanhos com circuitos elétricos ligados entre si de som e luz. A opção de tubos de papelão se deu pelo fato de serem reciclados e conseguidos gratuitamente, já que seriam usados em grande quantidade. Alguns dos tubos foram revestidos por quadrinhos coloridos, para atrair o olhar das crianças e inseri-los no universo infantil. A interação com um tubo provocaria reações em outros tubos distantes deste, sobrepondo os espaços. Haviam tubos com sensores fotossensíveis conectados à caixas de sons em outros tubos que ao acionados, ligavam as caixas com sons instrumentais definidos pelo grupo. Foram dispostos na mesa chocalhos (tubos menores móveis) revestidos com quadrinhos  preto-e-brancos para diferenciá-los dos fixos ao chão. Ao serem manuseados, os chocalhos acendiam luzes nas extremidades.  Os bancos das mesas foram colocados na parte descoberta do pátio formando um quadrado e uma fogueira digital ( tubos menores fixos com luzes sequenciais) no centro, criavam um espaço propício para interação entre as pessoas.